21/08/2016

tinha um poema no meio do seu nome

não é a falta do sexo
é a falta da ternura

sexo se faz fácil mas não cura
(até se compra no supermercado)

é a ausência indizível
maior que a invisível mão dada:
sagrada carne construída cadeado

como evolução, ouvir teu nome
passou passará passaria
de mão apertando o peito do pássaro
a uma tristeza esparsa pelo fim de um sonho que não deveria

não passou
não passará
não passaria

não passa, não muda
mesmo que os olhos vertam rios
mesmo se os dias não fossem tão frios
mesmo que as mãos digitem todas as palavras de neruda

2 comentários:

  1. adorei seu poema muito bonito.
    gostaria de convida-lo a conhece meu blog de versos e poemas também.
    http://andersonbdot.wordpress.com
    sucesso para ti.

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