26/08/2016

o rio de janeiro é minha kryptonita

o rio de janeiro é minha kryptonita
o rio de janeiro me exercita
a arte da solidão

o rio de janeiro tem corpo são e mente vazia
o rio de janeiro é ilusão
sem curupira
com caipirinha pra descer melhor

eu piro no rio de janeiro
com pira, tocha e olimpíada
mas sem chamego

lá fora o mundo inteiro
para voar sem pena
e aqui abaixo dessas montanhas-casas
caminham só garotas de ipanema
olhando (sós) o celular

com glúteos
sem asas

Um comentário:

  1. HAHAHAHAHAH
    O fim lembrou aquele poema do Clemente
    "ele lambia o ânus feito lava
    e com punhal de carne constelava
    o rabo desses bichos tão sem asas"

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