24/03/2013

ouvindo Manoel de Barros

procuro de novo nas estrelas

pontos pequenos tão longe

três marias

silêncios de luz
azul
sobre prédios ansiosos

o trânsito segue nas ruas escuras
um rio sem água
sem riso ou destino

o mundo desinventa
o fundo das garrafas pet
mas engarrafamos

dentre revoluções adiadas
e equilíbrios impossíveis
deixamos de ser
a mesma paz das árvores

3 comentários:

  1. Respostas
    1. Valeu! A poesia acorda e dorme em seu ritmo... Tento não censurar nada, só deixar ela seguir seu ritmo. :)

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  2. Anônimo17/5/23

    "O verbo tem que pegar delírio", como diz Manoel. Reverbere, sempre.

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