31/03/2013

dos poemas adiados (técnicas sobre como reinventar o vento)

sente a lente do vazio
sobre teu ser

olhando inerte
teu íntimo mais público

a voz do silêncio:
sábia conselheira

ouve drummond: relê

deixa o poema ser
sem luz sem olhos sem ego
na gaveta
por prazo azedo

fortalece as bordas do poema
que não tem bordas

amadurece o poema
que não é fruta

prepara o poema pra guerra
mas não há guerra

veda o poema contra a crítica
mas, sem ar, ele morre...

adia o poema para a fama após a morte
para o livro perfeito
para o público-alvo
para o ego estelar

mas e a vida agora?

agora,
isto posto,
posto o poema atrasado

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